Agora começa uma corrida contra o relógio pois tenho que estar em Helsinki antes do dia 28 de Setembro.
Uma pedalada forte até Nivala, dormir num hotelzinho com direito a tomar um bom banho e de manhã cedo pedalar para Reisjarvi e de lá uma providencial carona num caminhão até Jivalskya.
Pedalada até escurecer, montar barraca e seguir.
Um motorista de um caminhão me deu uma carona de umas duas horas e isso ajudou muito. Nunca imaginei que um caminhão moderno fosse tão confortável. Muito mais confortável que um automóvel.
Agradeci a carona, mas ainda falta muito até Tampere, às vezes não entendo bem o que as placas querem indicar (KKK será que em português existe alguma palavra com 20 letras? Não vale anticonstitucionalissimamente), então chega de moleza e pedala aí velho marinheiro! Consegui chegar em Tampere dois dias depois. Cansado, molhado, com gripe, mas com crocs no pé!
Tampere é uma cidade importante, encostado nela existe uma cidadezinha que deu nome a uma das maiores empresas do país: Nokia.
Tampere é a sede da universidade que criou o maravilhoso sistema de ensino adotado na Finlândia e é uma cidade ultra moderna, mas as ruas estavam em obras por que estão sendo colocados os trilhos para que possam implementar o sistema de transporte por bondes (tramway)! Enquanto isso, em terras tupiniquins....
Claro que, se tinha Sol, logo em seguida iria começar a chuva. Não houve um único período de 12 horas sem chuva e vento forte desde que estive na Finlândia! Agora já é dia 27 e preciso buscar um jeito de estar amanhã em Helsinki, talvez pegue um trem. Faltam só 187 km até Helsinki.
Me sinto realizado, descer a Finlândia de bicicleta era um antigo sonho meu e agora está feito! Vamos depois para o Velho Continente. Tallin e a história da Estônia têm muito a me ensinar. De lá, em 1980, trouxemos duas medalhas de ouro das Olimpíadas: Marcos Soares e Eduardo Penido na 470 e Lars Bjorkgstrom e Alex Welter na Tornado. Grandes velejadores.