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  • Foto do escritorElio

Ciao Helsinki, bom dia Tallinn

Não foi com tristeza que deixei a Finlândia para trás. Muita chuva, sempre com vento forte, frio intenso, pedalada dura e uma paisagem que, apesar de linda, se mostrou monótona.

Agora é ir conhecer as três estrelas do Báltico. Começarei com a Estônia e sua bela capital Tallin.


Nós no Brasil conhecemos muito pouco sobre estes países pequenos que durante séculos viveram sob o domínio de invasores muito fortes que impuseram sua cultura e tentaram em vão aniquilar a cultura local. Eis uma amostra sutil na foto abaixo.

A primeira boa notícia é que na Estônia os preços voltam a ser acessíveis diante da cara Finlândia, onde um simples Big mac custa 8 euros (cerca de 40 reais) e na Estônia 4 euros. Bela diferença! Porém o que realmente faz a diferença é o calor humano. O centro histórico de Tallin é uma verdadeira volta ao passado. Ruelas da idade média, casas construídas em 1300 e muita história.


Os museus são bons e o destaque para mim foi o museu do mar onde brilha como peça principal um submarino diesel elétrico de 1937, construído na Inglaterra.

Na foto ao lado a sala de torpedos, que aliás, é muito parecida com a dos submarinos da Marinha do Brasil (conheci o S 31 Tamoio), claro que me refiro a layout e não a tecnologia.

Impressionante imaginar que com esta tecnologia sem eletrônica, eles eram capazes de navegar 13 nós na superfície e a 8 nós quando imersos até 30 metros.

Fazia parte do acervo, um quebra-gelo a vapor, com duas caldeiras, todo em aço e que durante décadas navegou nas regiões árticas, tendo feito viagens até a Groenlândia.

Os veleiros estacionados na marina pública eram pouco mais de uma vintena e salvo um de competição, os demais eram barcos já com alguns anos de idade e todos extremamente robustos. O Mar Báltico é meio encardido quando se põe forte. Aliás, no ferry indo de Helsinki a Tallin, estava no terceiro andar e a espuma das ondas quebradas pela proa do navio chegavam na janela! Claro que me diverti muito

vendo os japoneses e chineses vomitando, e olha que não balançava muito.

Tallin foi muito bombardeada durante WW2, mas eles reconstruiram o que puderam e têm muito orgulho do que fizeram.

Surpreendentemente a cidade tem muita tecnologia moderna, a Skype nasceu e ainda tem o centro de desenvolvimento lá.

A legislação incentiva o micro e pequeno empreendedor e as universidades são o centro de pesquisa e desenvolvimento.

Em volta do centro antigo a cidade é moderna e dentro dos padrões europeus: ciclovias, jardins perfeitos, segurança impecável, calçadas perfeitas, sinalização coerente, limpeza impecável e por aí vai.

Feliz por voltar a ter contato humano, as minhas pilhas se recarregaram. No próximo post comentarei a incrível viagem desde Tallin até Riga, a capital da Latvia.

Enquanto isto, divirtam-se vendo o lindo vídeo que o meu amigo Paulo do veleiro Pappy postou sobre o fim da viagem de bicicleta onde, dos cerca de 1.100 km percorri 300 de carona e 800 pedalando. E se desejar dar de presente o meu livro para algum amigo basta clicar aqui. Obrigado

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